Depois da bota, este é o segundo item mais importante de sua lista, afinal ela vai ajudar os teus pés a estarem confortáveis, secos, sem bolhas e quentes.
Devem ser meias específicas para trekking e não as que se usam com tênis para a prática de outros esportes. Devem ultrapassar a altura da bota, e devemos comprar uma mistura de meias mais finas, médias e grossas para estarmos sempre confortáveis em diferentes altitudes e, portanto, temperaturas. O material mais recomendado é lã sendo também bom as que são misturas de lã com materiais sintéticos. Como na montanha não temos possibilidade de lavá-las, é importante levar o número suficiente para trocar a cada dois dias caso seu pé sue muito ou então a cada três dias.

Marcas recomendadas – Smart Wool, Mund, Fox River e para meias para lugares em temperaturas extremas Thorlo Inferno.

Se o gorro é importantíssimo para nossa segurança, para nos manter aquecidos, são boas luvas que nos trazem mais conforto em baixas temperaturas. Ao contrário de outras partes do corpo onde sentimos o frio, mãos geladas nos trazem dor e estragam momentos que de outra forma poderiam ser maravilhosos. Mas, quem consegue curtir um lindo por do sol ou os raios do sol no final da tarde deixando um cume dourado com dor nas mãos. Sim, boas luvas são caras, mas valem cada dólar que gastamos. E, como brincadeira, dividindo por 10 dedos não sai tão caro assim....

Devemos ter duas luvas, uma fina para temperaturas não tão baixas e que nos permita manusear nossa roupa, celular etc. E uma bem quente para os dias mais frios. A fina pode ser de um material que se chama power stretch que dá mobilidade e aquece apesar de ser muito grossa ou mesmo de fleece normal. Já a grossa deve ser de um material térmico e, de preferência, impermeável. Pode ter a camada exterior de couro.
Tanto para a fina como para a grosso é importante comprar um tamanho grande o suficiente para que os dedos não fiquem comprimidos e o sangue possa chegar sem dificuldade na ponta deles.

Este é um item que não temos muitas especificações a recomendar. Basicamente qualquer lanterna de cabeça serve para nossas expedições. Elas vêm com graus diferentes de intensidade de luz medida em lumens e podem ser de um modo geral de 100 a 1000 lumens sendo que ao redor de 200 ou 300 é suficiente. Alguns modelos tem um botam que impede que ela ligue acidentalmente dentro da mochila e você fique sem bateria. Outras são à prova de água. Algumas são com pilhas palito e outras, cada vez mais, podem ser recarregadas por USB. Mas, como disse, qualquer boa head lamp serve. Em muitos momentos, principalmente à noite necessitamos ter as mãos livres para segurar os dois bastões por isso lanternas de mão não são recomendadas.

As partes do corpo onde o frio incomoda mais são as mãos e os pés e ainda que tenhamos boas botas, meias e luvas, algumas pessoas tem mais sensibilidade ao frio e, para estas, recomendamos comprar hand warmers. Estes são envelopes com uma substância química que ao entrar em contato com o ar tem uma reação exotérmica e liberam calor por ao redor de 8 horas. Ele deve ser colocado no dorso da mão, dentro da luva e ajudam bastante. Também existem foot wormers, mas não recomendamos pois dentro da bota tem pouco ar e eles não esquentam muito e acabam se enrolando dentro da bota causando desconforto.

Perdemos metade do calor do corpo pela cabeça. Isto é fácil de comprovar. Tente estar com frio e colocar um casaco grosso. E daí tente colocar um bom gorro. Vai sentir que o gorro, esta pequena e leve peça de equipamento de montanha é mais efetivo para nos aquecer. Quando fazemos um corte na cabeça sangramos copiosamente isto porque nosso couro cabeludo é muito vascularizado e por esta razão é que perdemos calor. Então escolher nosso gorro para a expedição é muito importante. Ele deve ser de material térmico, grosso, deve ter trama fina para que o vento não entre e deve cobrir nossas orelhas.

Esta será nossa terceira camada após a segunda pele e o fleece fino. Deve ter zíper integral e com tamanho que permita ser usado sobre as duas camadas anteriores. Alguns modelos são também wind stopper, ou seja, além de esquentar bloqueiam a passagem do vento. Mesmo que não sejam wind stopper, é importante que tenham a trama mais fechada para dar alguma proteção contra o vento. Alguns também vem com capuz, o que é uma ideia interessante, mas não obrigatória.

Em trekkings é muito importante termos várias camadas não muito grossas para podermos sempre estarmos com a quantidade de roupa ideal, não suando de calor, nem com frio. Para que isso aconteça temos de ter camadas: camisetas dry fit, segunda pele, fleece fino, fleece grosso, anorak e casaco de pena de ganso. O fleece fino deve, de preferência ter zíper completo (melhor regulagem de temperatura) e ser razoavelmente justo para podermos usar outras camadas por cima dele.

Apesar de colocarmos este item em miscelânia e ser opcional, é uma peça de equipamento muito útil, pois sempre existem aqueles dias em que ficar com um fleece fino é pouco e colocar o fleece grosso é muito e o colete vem preencher esta lacuna aquecendo o tronco, mas deixando os braços menos abrigados. Podem ser de fleece ou de pluma de ganso.

Na realidade o nome deveria ser casaco de plumas que é a plumagem leve que fica abaixo das penas do ganso, já que no produto que queremos este deve ser o material usado ou pelo menos grande parte dele.

Para as expedições mais frias ou com maior altitude recomendamos comprar (ou alugar se houver possibilidade na cidade base da viagem) um casaco de pluma de ganso, até hoje, sem dúvida, o material mais quente disponível. Existem casacos de diferentes gramaturas e com qualidades diferentes de pluma sendo que um casaco fino com uma pluma melhor pode ser mais quente do que um casaco um pouco mais grosso com a qualidade pior. A pluma é classificada com números que vão mais comumente de 600 a 900 sendo que quanto maior o número melhor a pluma. Mas, claro, com o aumento da qualidade também vem o aumento do preço.

É fundamental que o casaco tenha gorro e que este gorro possa fechar completamente ao redor do rosto. Alguns dos modelos mais caros tem como tecido exterior Pertex que deixa mais protegido contra chuva já que o grande ponto negativo do casaco de plumas comparado com casacos sintéticos é que perde completamente seu poder térmico ao molhar.

Uma boa hidratação é fundamental em nossa vida normal e mais ainda em altitude. A cada inspiração aquecemos e umidificamos o ar frio e seco da montanha e ao expirar perdemos este líquido. E no decorrer das 24 horas isso acaba sendo uma quantidade muito grande de líquidos que precisamos repor, ao redor de 4 litros.

Existem duas maneiras de levar água em nossa mochila, cantil e bolsas de hidratação (camel bak) e, a não ser em lugares muito frios onde existe o risco de congelar a água na mangueira do camelback, a decisão de levar um ou outro é estritamente pessoal. Recomendamos comprar um cantil de um litro já que os produtos de purificação de água em geral são feitos para serem diluídos nesta quantidade de água. Nossa marca preferida de cantil é Nalgene.